3 formas eficazes de engajar diferentes gerações em um mesmo espaço de recreação
Reunir pessoas de diferentes idades em um mesmo espaço de recreação é mais do que uma escolha inclusiva — é uma estratégia poderosa para fortalecer vínculos, estimular a empatia e enriquecer a experiência coletiva. Mas como criar atividades que façam sentido tanto para crianças quanto para idosos, passando pelos adolescentes e adultos?
A chave está no planejamento intergeracional, conceito que vem ganhando força em estudos sobre lazer, educação e bem-estar social. A seguir, três caminhos para construir experiências que realmente engajam todas as gerações:

1. Proponha experiências colaborativas e não competitivas
Atividades que incentivam a colaboração em vez da competição são fundamentais para integrar gerações. Oficinas de arte, jogos cooperativos e contação de histórias compartilhada (onde avós contam memórias e crianças ilustram, por exemplo) promovem escuta ativa, valorização da experiência e trocas afetivas.
Segundo a Generations United, organização referência em recreação intergeracional, experiências colaborativas aumentam o senso de pertencimento e reduzem preconceitos entre gerações (Generations United, 2018).
2. Crie um ambiente com múltiplas possibilidades de participação
Nem toda atividade precisa ser feita por todos ao mesmo tempo, mas o ambiente deve ser acolhedor para todos. O segredo está na oferta de experiências simultâneas, conectadas por um mesmo tema ou linguagem. Enquanto os mais novos se engajam em atividades físicas, por exemplo, os mais velhos podem explorar oficinas sensoriais, espaços de conversa ou jogos de memória adaptados.
De acordo com o Global Intergenerational Week (2023), permitir diferentes níveis de envolvimento respeita a autonomia e favorece a permanência no espaço por mais tempo, com mais conforto e engajamento.
3. Dê protagonismo às histórias e às pessoas
Gerar conexões reais entre as gerações exige mais do que brincar junto — é sobre conhecer e reconhecer o outro. Incorporar momentos de escuta ativa, onde cada geração compartilha algo de si, cria um vínculo que vai além da atividade. Pode ser uma roda de música, um mural de memórias ou até uma dinâmica onde os mais velhos ensinam e os mais jovens registram.
O pesquisador francês Bernard Andrieu, especialista em corporeidade e experiências sensíveis, reforça que a criação de sentido na recreação depende da escuta e da possibilidade de "fazer com o outro, e não para o outro".
Por que isso importa?
Mais do que oferecer entretenimento, a recreação intergeracional cria ambientes que estimulam empatia, fortalecem redes de apoio e combatem o isolamento social. Em um mundo cada vez mais segmentado por idade, espaços que acolhem a convivência são mais do que necessários — são transformadores.

No Grupo Magic, acreditamos que a recreação vai muito além do entretenimento — ela é uma ponte entre gerações, culturas e formas de ser. Por isso, planejamos cada experiência com intencionalidade e sensibilidade, garantindo que todos, independentemente da idade, sintam-se parte do espaço e da proposta. Incluir diferentes grupos não é apenas uma escolha, é um valor que nos move todos os dias.
Fontes:
- Generations United. (2018). Under One Roof: A Guide to Intergenerational Programming in Senior Housing.
- Global Intergenerational Week. (2023). Resources and Best Practices.
- Andrieu, B. (2012). Le Corps vécu. Paris: Vrin.
- WHO. (2020). Decade of Healthy Ageing: Baseline Report.
- Dantas, M. et al. (2019). Lazer intergeracional: uma proposta educativa. Revista Brasileira de Estudos do Lazer.
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